quinta-feira, 31 de maio de 2012

Egito - Cairo (3º dia)

No último dia de Cairo (snif) fomos para o centro da cidade. Começamos pelo Museu do Cairo, que fica na frente da praça Tahir (onde aconteceram as revoltas políticas em 2011). O Museu contém milhares de relíquias do Egito Antigo, como sarcófagos, estátuas, colunas e artefatos. Lá não é possível entrar com máquinas fotográficas, então fotos, somente na parte externa do Museu. Lá fora eles tem um guarda-volumes (pago) onde a gente pode deixar a máquina. A gente visitou o Museu com nosso guia Sherif e ele foi explicando as peças mais importantes do lugar. Ficamos umas 3 horas lá dentro. O Museu é muito grande, mas dá um pouco de dó ver tão pouca estrutura abrigando peças que chegam a ter 3, 4 mil anos! A parte que todo mundo mais gostou foi a salinha com os objetos referentes ao Rei Tutankamon, como seu sarcófago e sua máscara mortuária, feita com 11 quilos de ouro maciço. A sala de múmias tem um ingresso pago à parte, mas mesmo assim a gente entrou lá. É uma sala meio mal organizada, onde as (12 ou 13) múmias ficam deitadas e protegidas com vidros. A múmia mais conhecida é a do Ramsés II. Elas são super bem conservadas, dá de ver até a unha do pé! Emocionante ...
Mítila na frente do Museu do Cairo
Depois a gente foi almoçar bem perto do Bazar Khan El Kalili. O Sherif nos indicou o GAD, que é uma espécie de rede de fast food árabe (que depois a gente acabou encontrando também no centro de Hurghada). Comemos sanduíches e tomamos refrigerante 7 Up. Eles fizeram os sanduíches com as mãos (sem luvas), o que lá é bastante comum, mas a gente estranha pra caramba. Eu (Biange) fui a única que gostei do lanche. Não sei se a carne do sanduíche deles tava ruim, mas como eu não como carne, optei por um sanduíche de falafel, que eu achei maravilhoso (falafel = bolinho de grão de bico).
Nosso almoço, no GAD

Nosso papi admirando o carneiro assado
Chegamos ao Bazar Khan El Kalili bem na hora da oração do meio-dia (os muçulmanos rezam, em geral, cinco vezes por dia, mas a reza do meio-dia é a que mais agrega os fiéis nas mesquitas). Tinha uma mesquita bem do lado do bazar, e ela estava cheia, além de vários homens na rua (as mulheres rezam em um lugar separado na mesquita), todos virados para Meca (cidade sagrada dos Muçulmanos). Inclusive os vendedores das lojas do bazar, que nesse momento de oração, estenderam seus tapetes e participaram da reza (acompanhando pelo som dos alto falantes). Ficamos andando por ali, aguardando o final do sermão. Quando acabou, começamos a passear pelas lojas. O bazar tem mais de mil anos e é composto de ruelas com várias lojinhas cheias de souvenirs, roupas, temperos e outros. Os vendedores são muito insistentes e querem vender a qualquer custo. O primeiro preço é quase sempre o dobro ou o triplo do valor real. Eu quis comprar três lenços de pescoço e fiquei quase meia hora tentando negociar. Foi até engraçado. Ele deu o “preço final” e eu tentava sair da loja porque não tava satisfeita com o valor, mas ele me puxava e falava “com back mai freind”. No final de tudo ele aceitou vender pelo preço que eu queria pagar. Outra coisa engraçada é que a gente passa e eles ficam tentando adivinhar a nacionalidade. No nosso caso (todo mundo bem branquelo, exceto meu marido – Thiago) eles saíam chutando os países da Europa – Espanhol? Italian? French? Inclusive, a gente riu a viagem toda sobre os Egípcios acharem que o Thiago era Egípcio. Tentavam falar Árabe com ele e tudo, muito engraçado!!!

Homens rezando
Reza na Mesquita, ao lado do Bazar Khan el Kalili
Pessoal no Bazar
Bazar Khan el Kalili
Centro de Cairo, em um dia de folga
Por fim, fomos na Mesquita de Mohammed Ali, localizada na Cidadela de Saladin (construída no século 12, no centro de Cairo). A mesquita é uma das mais lindas que a gente viu (o Egito é cheio de mesquitas). Ela funciona mais como uma atração turística. Quase não são realizados sermões lá. E do jardim, a gente tem uma vista panorâmica da cidade de Cairo. Pra entrar no interior da cúpula central, a gente teve que tirar os sapatos. Quando a gente tava lá dentro, a gente encheu o Sherif (nosso guia) de perguntas sobre mulher e religião (ele é muçulmano). Daí uma hora ele deu uma saidinha (ele sempre dava umas saidinhas, ou pra rezar, ou pra fumar cigarro). E então, em uns 5 minutos, ele volta com três livrinhos (em Português!!!) de presente pra gente sobre o Islã e sobre a Mulher Muçulmana (até hoje a gente não sabe como ele conseguiu tão rápido aqueles livrinhos, mas amamos o presente!).

Mesquita de Mohammed Ali
Pessoal na entrada da Cidadela
Biange no centro do interior da Mesquita
Biange e Mítila com o guia Sherif e os 3 livros que ganhamos de presente
Vista da cidade de Cairo
De noite fomos jantar em um cruzeiro pelo rio Nilo, com direito à dança do ventre e música Árabe. Foi lindo!!!
Na entrada do Passeio noturno pelo Nilo
Saladinha do Buffet
Janta do pessoal
Prato vegetariano
Banda de músicos Árabes e dançarina Ucraniana (linda!)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Alexandria - Egito

No terceiro dia de Egito, partimos rumo à Alexandria, cidade situada no litoral norte do Egito, banhada pelo Mar Mediterrâneo. Foram 2 horas de viagem (partindo de Cairo), em uma estrada relativamente boa, com areias de deserto de um lado e areias de deserto do outro. Quando já estávamos chegando, passamos por um pedaço "alagado" da estrada, porque tinha chovido muito. Foi tragicômico! Alexandria é a cidade onde mais chove em todo o Egito. Ela foi fundada por Alexandre, o Grande, e foi uma das maiores cidades do mundo helênico. Chegando lá, fomos direto no sítio arqueológico da cidade, onde fica a Coluna de Pompeu, que nos impressionou muito. A Coluna de Pompeu tem 30 metros de altura e cerca de 285 toneladas e foi construída com uma única pedra de granito vermelho da região de Asswan (que fica a mais de 800 quilômetros de Alexandria!). Como foi transportada e erguida? Pois é ... não se sabe!


Estrada "alagada"... Rumo à Alexandria
Entrada de Alexandria
Centro da cidade em um dia de chuva
Coluna de Pompeu
Depois a gente foi no Forte de Quait-Bay, que foi construído no século XV, exatamente no mesmo lugar onde existia o Farol de Alexandria (uma das maravilhas do Mundo Antigo).  O Forte parece um castelo e permite a visitação. A vista de lá é muito bonita. Depois de ir no Forte a gente foi almoçar em um Restaurante, de frente para o Mediterrâneo. O pessoal comeu peixe com lula e camarão. Eles adoraram! Eu (Biange, câmbio!) pedi um prato vegetariano, mas não gostei muito. O molho da massinha parecia daqueles prontos, de lata e as verduras estavam muito cruas. O que salvou o dia foram uns molhinhos maravilhosos servidos na mesa com pão egípcio (semelhante ao pão sírio). Era um melhor que o outro e eu acabei me empaturrando com pães e molhos. Depois a gente visitou também a Biblioteca nova de Alexandria (inaugurada em 2002 sob inspiração da antiga Biblioteca de Alexandria - a maior do mundo antigo). O governo Egípcio fez uma espécie de concurso de arquitetura para criar o design da nova Biblioteca e quem ganhou foi um escritório de arquitetura Norueguês, que a construiu com perfeição. A Biblioteca é enorme e lindíssima. Lá dentro pudemos ver vários jovens (alguns, estudantes da Universidade de Alexandria - que fica ao lado da biblioteca) sentados na mesa, lendo e estudando. Foi muito bacana!

Forte de Alexandria

Nós no Forte
Vista do Forte
Almoço do pessoal: Arroz temperado, peixe, lula e camarão

Prato vegetariano da Biange

Biblioteca de Alexandria

Bbilbioteca (de novo, de novo)
  
Jovens estudando na Biblioteca


terça-feira, 29 de maio de 2012

Egito - Cairo (2º dia)

No segundo dia fomos em Sakkara, que é um sítio arqueológico que funcionava como necrópole (conjunto de sepultamentos) na antiga cidade de Memphis. É uma área bem grande, com bastante areia, que fica a uns 30 quilômetros ao sul de Cairo. Lá a gente pôde visitar o complexo funerário de  Djoser, rei da III dinastia egípcia, e sua Pirâmide de Degraus, idealizada pelo seu arquiteto e ministro Imhotep, que acabou ficando mais conhecido do que o próprio faraó.

Museu de Imhotep, dentro do complexo de Sakkara.

Mítila e a Pirâmide de Degraus



Em Sakkara

Depois de visitar Sakkara, fomos ao Museu a céu aberto de Memphis, onde vimos uma estátua do faraó Ramsés II deitada (de 10 metros de altura!) e uma (mini) esfinge da Hatshepsut, que foi uma rainha do Antigo Egito, além de outras estátuas e sarcófagos. Lá dentro tinha umas feirinhas vendendo souvenirs, mas nem vimos nada porque pretendíamos comprar as lembrancinhas no bazar Khan el Kalili, no último dia em Cairo. No Museu de Memphis nós e a mãe entramos no pior banheiro de toda a viagem (e ainda tivemos que dar moedas para a moça que ficava na entrada!). Ele era muito sujo e velho. Lá no Egito, em quase todos os banheiros, tem gente na porta pedindo moedas (acho que só não tinha no banheiro do Hotel). Era até meio incoveniente. A moça abria a torneira pra gente lavar as mãos, apertava o botãozinho do sabonete, pegava o papel toalha pra gente secar as mãos. No final a gente já tava até acostumada, mas não deixava de ser meio chato ....


Estátua de Ramsés II

Esfinge de Hatshepsut

O último passeio do dia foi em Dashur, onde vimos a Pirâmide Torta (que apesar de ter sido concluída às pressas, é considerada a primeira pirâmide adequada, por não ser de degraus) e a Pirâmide Vermelha, que tem esse nome pela cor avermelhada de sua superfície de granito. Quando fomos nesse local, não tinha ninguém, somente um guardião na entrada da Pirâmide Vermelha (onde é permitido entrar). Só quem teve coragem foi a Mítila, o Bruno (marido) e o Thiago (cunhado). Eles tiveram que subir pelas pedras até a entrada, onde tiveram que descer uma escadaria estreita de 65 metros até chegar ao centro, com três câmaras (salas), sendo que uma (acredita-se) tenha sido a câmara do enterro.

Pirâmide Torta

Pirâmide Vermelha

Entrada da Pirâmide Vermelha

Os três "corajosos" voltando do interior da Pirâmide Vermelha




segunda-feira, 28 de maio de 2012

Egito - Cairo (1º dia)

Chegamos ao Cairo no dia 10 de janeiro de 2012. O Sherif (nosso guia Egípcio) nos pegou no Aeroporto Internacional do Cairo e nos levou ao Hotel Cataract Pyramids Resort, onde ficaríamos, para fazer o check in. O Hotel era muito bom, mas um dos pontos negativos foi a localização. Ele ficava em Gizé, que é uma cidade que fica do lado do Cairo, e não tinha absolutamente nenhuma conveniência por perto, ou seja, quando chegávamos dos passeios acabávamos ficando pelo hotel e jantávamos ali mesmo. Isso acaba limitando bastante os passeios noturnos, já que optamos por não pegar táxi de noite ou algo assim.

Hotel em Gizé - Egito

No Hotel combinamos um horário para o Sherif e o motorista da van (o nome dele era muito difícil e a gente não vai lembrar) nos pegar para irmos até as Pirâmides. Quando a gente tá chegando perto, o coração já começa a bater mais forte. Elas são gigantes!!! Não é como aquele tipo de monumento que acaba decepcionando por ser menor do que a gente pensa. Com as Pirâmides acontece justamente o contrário. Você imagina um tamanho e elas são maiores, muito maiores! O problema é que a cidade está chegando cada vez mais perto das Pirâmides. Inclusive dá de ver o topo ora de uma ora de outra, ao andar pela cidade, dependendo de onde você está. No complexo das Pirâmides existe uma infinidade de vendedores ambulantes vendendo tudo que é tipo de souvenir, seja cartão postal, pirâmides em miniatura, imitações de papiro ... Eles te seguem até que se convençam (depois de uns mil "NO") que você não pretende comprar. E tem outra! No Egito é muito comum a pechincha (quase nada tem preço fixo - isso é muito comum nos países Árabes).  Eu lembro que comprei 10 Cartões Postais por 1 dólar de um menininho. Lá pelo final da visita, ele ofereceu 20 Cartões Postais por 1 dólar para o meu cunhado. Dá para imaginar?

Família reunida com as Pirâmides (Quéops, Quéfren e Miquerinos) ao fundo
Diferentemente das Pirâmides, o tamanho da Esfinge não impressiona. Eu posso estar sendo super injusta com a pobre da Esfinge, coitada. Mas depois de ver a imponência das Pirâmides, a Esfinge acaba sendo até meio sem graça.
Biange e a Esfinge

Como eu já comentei antes, pegamos um frio danado em janeiro. No sol até era confortável, mas na sombra, quase congelamos com aquela ventania danada no meio do Complexo. A gente não chegou a entrar na Pirâmide de Quéops (que permite a visitação interna, mediante a compra de um ingresso vendido à parte), mas passamos uma boa parte da tarde admirando as três Pirâmides, que são as únicas sobreviventes das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Depois desse passeio fomos para o Hotel , para poder descansar e jantar. O cardápio do Restaurante (assim como em todos os lugares onde a gente comeu) era em Árabe e Inglês, o que facilitava bastante. Imagina se a gente tivesse que escolher a janta em um menu exclusivamente Árabe?

Viagem ao Egito

Entao ... em janeiro de 2012 fomos ao Egito. Fomos nós duas, nossos maridos e nossos pais. Ficamos duas semanas por lá, sendo uma semana no Cairo e uma semana em Hurghada. Durante dois meses, antes de viajar, ficamos em contato com um guia Egípcio que era formado em Espanhol e também falava Português. Conseguimos o contato dele em algum site pela internet e isso foi uma mão na roda, já que ele nos ajudou a fazer o roteiro e transformar nossa estada em uma viagem extremamente proveitosa. Durantes os dias pelo Cairo, fizemos todos os passeios com ele e com o motorista da van. Ele só não nos acompanhou na semana em Hurghada, que é uma região de resorts de frente para o Mar Vermelho e fica a umas 6 horas de Cairo. Voamos de Florianópolis para São Paulo de TAM e de São Paulo para Dubai de EMIRATES. Em Dubai fizemos um tour noturno e dormimos em um hotel, para poder embarcar para o Cairo na manhã seguinte. Sobre Dubai, falaremos em um post futuro. Enfim, de São Paulo a Dubai foram 14 horas de vôo. Amamos voar pela Emirates. O atendimento é formidável, a comida é muito gostosa e o entretenimento disponível facilitou bastante. Tínhamos diversos filmes, joguinhos, clipes, músicas e outras coisas para passar o tempo. O Egito é um país árabe, de maioria muçulmana, bastante pobre, mas que vive de um passado glorioso e uma historia inacreditável. A gente viajou em janeiro. La era inverno e o nosso guia comentou que era frio, mas nem tanto. Na verdade ele achou que como a gente era do Sul do Brasil, estávamos acostumados com neve e frio intenso. Resumindo a história ... chegamos a pegar 5 graus em pleno Egito! Nossos casacos, lá pela segunda semana de viagem, já estavam andando sozinhos. A gente nunca imaginou que ia pegar tanto frio por lá. Isso na verdade foi bastante conveniente, já que passamos a viagem toda com lenços na cabeça em respeito ao povo muçulmano. Não sei se a gente teria o mesmo pensamento se tivesse enfrentado 40 graus no deserto, mas de qualquer forma, acho que foi melhor assim.

Ingressos dos lugares visitados no Egito

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Começando a planejar sua viagem...


Uma das partes mais divertidas da viagem é o seu planejamento.
Nós procuramos sempre responder a perguntas básicas antes de começar qualquer tipo de viagem.
- Quanto quero gastar?
- Quanto tempo tenho disponível?
- Quantos dias ficar em cada lugar?
- Qual o tipo de viagem? Praia, campo, compras, cultural?
Isso com certeza nos influencia na escolha do nosso destino.
Decidido isso mãos a obra!!!
Pesquisar passagens, hotéis, atrações, onde comer, onde comprar (para alguns).
Nossa principal fonte de informação sempre foi, e sempre será o tio “google”...
Lá partimos olhando blogs de viagens, sites de procura de hóteis (booking, expedia, tripadvisor, ...), procura de passagens aéreas (melhores destinos, decolar, ...) e começamos a sonhar com mais uma viagem a realizar e mais um destino para riscar da lista!!!

A vida é muito curta e o mundo é muito grande ...

A gente ainda nem chegou nos 30 anos, mas já conheceu alguma coisa por aí. Nossa primeira viagem internacional juntas foi em um Cruzeiro em 2008, quando aportamos em Buenos Aires e em Punta Del Este. Foi uma parada rápida em cada cidade, mas deu pra ter uma idéia de como funcionam as coisas por lá. A nossa viagem maior foi em janeiro desse ano, quando passamos duas semanas no Egito, com direito a conexão em Dubai (na ida e na volta). Vamos organizar os posts por cidades, para que a gente possa contar um pouco da nossa experiência em cada cantinho visitado.